Lisboa e o Sporting acolhem Zakaria Labyad.
O médio-ofensivo recém-contratado pelos leões ao PSV Eindhoven está na
capital portuguesa e garantiu de chofre, em exclusivo a O JOGO, que é
amor à primeira vista. Uma questão de clima, horizonte e uma sede imensa
de vencer. O jovem de 19 anos nascido em Utrecht, internacional por
Marrocos, escolheu ontem casa… e vizinhança. Vai residir perto de Ricky van Wolfswinkel… e quer viver um primeiro ano de sucesso igual a um jogador que bem conhece e quer servir.
Labyad
“Claro que estou feliz! Vejam só esta cidade, este tempo. Sinto-me
recompensado. A minha opção foi sempre o Sporting e não o Benfica, pois
venho para um clube que sabe trabalhar com jovens e isso pesou muito na
minha decisão, que foi a melhor, estou certo disso”, atirou o atleta que
acabou de conquistar a Taça da Holanda.
Agora, o futuro chama-se Sporting, onde quer ser uma referência no ataque, marcar e dar a marcar:
Labyad
“Quero dar muitos golos a marcar a Ricky van Wolfswinkel. Ele é um
grande jogador e, já agora, uma pessoa muito simpática. Conheço-o muito
bem, até porque ele jogou no clube da minha cidade, o FC Utrecht.
Vamo-nos entender bem dentro de campo.”
A parceria vai começar logo à saída de casa, na zona do Parque das Nações, onde Labyad vai assentar arraiais.
Labyad
“É verdade, vou viver para perto do Ricky. Vai ser bom para mim. Não
acredito que venha a ter dificuldades de adaptação. Ter por perto
companheiros como Schaars, que é muito maduro e conheço de o ter
defrontado ainda na Holanda, e o Ricky só me vai ajudar. É mais um
estímulo”, argumentou o recruta de Sá Pinto.
O céu é o limite para Labyad, que deseja um dia atingir altos patamares, sem juras no presente.
Labyad
“Só prometo trabalho duro aos adeptos. Quero impor-me e, quem sabe?,
dentro de dois/três anos tentar uma liga mais forte, mas agora vou dar
tudo pelo Sporting”, rematou.
Tomada a opção de demandar a Alvalade, Labyad não perdeu tempo e tratou
de saber tudo acerca da história do seu clube, em especial a mais
recente. Ciente de que o Sporting amarga um jejum de
dez anos sem conquistar o máximo título nacional, o miúdo de Utrecht que
sempre idolatrou Afellay já traça metas.
Labyad
“Sei que o Sporting está há demasiado tempo sem festejar o título de
campeão, mas pelo que já vi do grupo e da própria liga portuguesa, no
máximo dentro de dois anos seremos nós o primeiro classificado no final
da prova. Se é a minha grande meta? Será a de cada jogador da nossa
equipa!”
Apesar de ter despontado como extremo com a camisola do PSV Eindhoven,
Zakaria Labyad continua a insistir que aquela não é a sua posição.
Depois de ter esclarecido a O JOGO que gosta mais de jogar sobre os
espaços interiores do terreno, o marroquino de naturalidade holandesa
esclareceu que afinal é na pele de “playmaker” que melhor dá largas ao
seu futebol.
Labyad
“Não sou extremo, mas posso jogar aí, claro. Sou mais um médio, pois
jogo como camisola dez”, sustentou o ambidestro reforço dos verdes e
brancos, que não se esqueceu de adicionar que o seu arsenal tem outras
armas: “Se o treinador assim o entender, também posso jogar mais
descaído sobre os corredores interiores, seja na esquerda ou na direita.
O treinador do PSV Eindhoven é que me punha mais a alinhar como
extremo, e eu fiz o meu melhor. Também posso jogar aí.”