Milagre de Dortmund comprova: às vezes a melhor tática é não ter tática
O Málaga foi brilhante no primeiro tempo em Dortmund. Manuel Pellegrini
adiantou Joaquin e Julio Baptista como atacantes e deixou Saviola no
banco. Na frente, a troca confundia a defesa alemã.
Sem a bola, a dupla recuava, deixava os centrais Subotic e Felipe Santana, menos técnicos, saírem a jogar e colaborava com Duda e Isco na pressão sobre os laterais Piszczek e Schmelzer e os médios Gundogan e Bender.
O Borussia ficou sem saída de bola para acionar Gotze e Reus
em busca de Lewandowski no 4-2-3-1 habitual e praticamente não entrou na
área do adversário.
Sem a bola, a dupla recuava, deixava os centrais Subotic e Felipe Santana, menos técnicos, saírem a jogar e colaborava com Duda e Isco na pressão sobre os laterais Piszczek e Schmelzer e os médios Gundogan e Bender.
Sofria também com a tensão
natural de decidir como favorito em casa um duelo pelos quartos-de-final
da Liga dos Campeões. O clube não se classificava para uma semifinal há
15 anos.
Até Gotze encontrar espaços na intermediária adversária e iniciar a jogada que Reus transformou em arte com mágico toque de letra para Lewandowksi empatar e aliviar o Dortmund ainda no primeiro tempo.
A equipa de Jurgen Klopp resgatou boa parte da intensidade e da dinamica ofensiva habitual na segunda parte e fez o guarda redes Willy Caballero lembrar a fantástica atuação no jogo da primeira mão com defesas importantes. A mais espetacular em remate de Gotze, que também fez recordar os muitos gols perdidos em Málaga.
Weidenfeller também fez milagres na defesa ao cabeceamento de Joaquin e forte remate de Toulalan. Só não teve o que fazer quando o talentoso Isco encaixou belo passe em contragolpe para Julio Baptista, nas costas de Felipe Santana, servir Eliseu. O substituto de Duda, impedido por estar à frente da linha da bola, parecia consolidar uma classificação heróica e premiar a boa atuação coletiva do Málaga.
Mas Klopp resolveu apostar no caos. O treinador, que já havia trocado Bender e Błaszczykowski (Kuba) por Sahin e Schieber, tirou Gundogan e colocou Hummels. Jogar com três centrais estando a precisar de virar o resultao? Sim, se um deles se transformar em avançado.
O brasileiro Felipe Santana juntou-se a Lewandowski na frente e a equipe alemã apostou num futebol direto, sem a mínima organização. lançamentos diretos de Sahin para um congestionamento da área do Málaga. Preparado para se defender contra uma boa equipe que trabalha com bola no chão e terminou o jogo com 61% de posse, a equipa espanhola não conseguiu reagir ao chuveirinho, especialmente nos descontos.
Entrou em ação o “matador” Felipe Santana. Primeiro disputando com a defesa a bola que sobrou para Reus ir às redes. E no último lance entrando para a história do clube da própria UCL com um erro que deu certo: completou impedido, quase sobre a linha, chute de Schieber que entraria sem sua intervenção. Se a fraquíssima arbitragem marcasse, seria vilão eterno. Virou herói para sempre no “Milagre de Dortmund”.
O Borussia confirma a força de bicampeão alemão nas últimas temporadas e de vencedor do “grupo da morte”, superando Real Madrid, Manchester City e Ajax na primeira fase do torneio continental.
Mas não como equipa organizada e que preza o toque de bola quase sempre. Em alguns momentos a melhor tática é não ter tática. Em alguns jogos chegaram a jogar mais com o coração do que seguindo algum modelo de jogo rígido.
O Dortmund mostrou a alma e a fibra que faltou aos alemães em jogos decisivos.
Até Gotze encontrar espaços na intermediária adversária e iniciar a jogada que Reus transformou em arte com mágico toque de letra para Lewandowksi empatar e aliviar o Dortmund ainda no primeiro tempo.
A equipa de Jurgen Klopp resgatou boa parte da intensidade e da dinamica ofensiva habitual na segunda parte e fez o guarda redes Willy Caballero lembrar a fantástica atuação no jogo da primeira mão com defesas importantes. A mais espetacular em remate de Gotze, que também fez recordar os muitos gols perdidos em Málaga.
Weidenfeller também fez milagres na defesa ao cabeceamento de Joaquin e forte remate de Toulalan. Só não teve o que fazer quando o talentoso Isco encaixou belo passe em contragolpe para Julio Baptista, nas costas de Felipe Santana, servir Eliseu. O substituto de Duda, impedido por estar à frente da linha da bola, parecia consolidar uma classificação heróica e premiar a boa atuação coletiva do Málaga.
Mas Klopp resolveu apostar no caos. O treinador, que já havia trocado Bender e Błaszczykowski (Kuba) por Sahin e Schieber, tirou Gundogan e colocou Hummels. Jogar com três centrais estando a precisar de virar o resultao? Sim, se um deles se transformar em avançado.
O brasileiro Felipe Santana juntou-se a Lewandowski na frente e a equipe alemã apostou num futebol direto, sem a mínima organização. lançamentos diretos de Sahin para um congestionamento da área do Málaga. Preparado para se defender contra uma boa equipe que trabalha com bola no chão e terminou o jogo com 61% de posse, a equipa espanhola não conseguiu reagir ao chuveirinho, especialmente nos descontos.
Entrou em ação o “matador” Felipe Santana. Primeiro disputando com a defesa a bola que sobrou para Reus ir às redes. E no último lance entrando para a história do clube da própria UCL com um erro que deu certo: completou impedido, quase sobre a linha, chute de Schieber que entraria sem sua intervenção. Se a fraquíssima arbitragem marcasse, seria vilão eterno. Virou herói para sempre no “Milagre de Dortmund”.
O Borussia confirma a força de bicampeão alemão nas últimas temporadas e de vencedor do “grupo da morte”, superando Real Madrid, Manchester City e Ajax na primeira fase do torneio continental.
Mas não como equipa organizada e que preza o toque de bola quase sempre. Em alguns momentos a melhor tática é não ter tática. Em alguns jogos chegaram a jogar mais com o coração do que seguindo algum modelo de jogo rígido.
O Dortmund mostrou a alma e a fibra que faltou aos alemães em jogos decisivos.
Nuno Simões