Fisioterapia
Lesões da coluna - Dor ciática
Lesões da coluna - Dor ciática

A dor ciática corresponde à presença de dor, fraqueza, adormecimento ou formigueiros numa perna.

 

A sua frequência varia, afectando 1,6% e 43% das populações avaliadas.

 

A dor ciática é mais comum na meia-idade, ocorrendo raramente antes dos 20 anos. Estima-se que uma em cada 50 pessoas possa sofrer de um disco herniado em algum momento da sua vida. Dessas pessoas, cerca 10% a 25% irão ter queixas que duram mais do que seis semanas.

 

De um modo geral, a evolução é favorável mas em cerca de 30% dos casos os sintomas duram 1 ano ou mais.

 

A maioria dos casos resulta de uma hérnia de um disco intervertebral que comprime uma raiz nervosa. Outras causas possíveis são apertos do canal que envolve a medula espinal, tumores ou quistos que comprimem as raízes nervosas.

 

A dor ciática não é uma doença mas sim um sintoma de uma condição médica subjacente.
Falamos em dor ciática para descrever os sintomas de dor, formigueiro, fraqueza ou adormecimento que se originam na região lombar, descem pela região glútea até à porção posterior da perda, acompanhando o trajecto do nervo ciático.

 

O nervo ciático é o nervo mais longo do nosso corpo e estende-se da região lombar da medula espinal até à região posterior de cada perna, enviando depois ramificações até ao pé.
A dor ciática resulta da compressão ou irritação deste nervo e, por isso, acompanha o seu trajecto.

 

Factores de risco para a dor ciática

Como se disse, a dor ciática é mais comum entre os 30 e os 50 anos. Pode resultar de um excesso de uso ao longo da vida e/ou de uma pressão súbita sobre os discos que se situam entre as vértebras lombares.

 

No que se refere ao desporto, os corredores podem ser afectados por esta lesão dada a natureza da corrida, que cria uma força compressiva sobre a coluna que corresponde a cerca de quatro vezes o seu peso. Esse fenómeno provoca alterações degenerativas na coluna, como o estreitamento do canal, alterações articulares ou herniação de um disco.

 

Quando o conteúdo gelatinoso de um disco extravasa, comprime as raízes nervosas que constituem o nervo ciático. Essas raízes ficam inflamadas e irritadas pelas substâncias químicas que se libertam do núcleo do disco.

 

Como se referiu, esta dor resulta da compressão do nervo ciático, que pode acontecer por fora ou por dentro do canal onde passa a medula espinal.

 

Essa compressão pode ser causada por uma hérnia discal (a causa mais comum), uma contractura muscular em torno do nervo ciático, um aperto do canal onde passa a medula espinal ou um desalinhamento de uma vértebra.

 

Com frequência, um determinado evento ou trauma não desencadeia imediatamente a dor ciática e ela apenas se vai desenvolvendo ao longo do tempo.

 

Sintomas da dor ciática

Os sintomas podem variar dependendo do tipo, localização e gravidade da condição que provoca a dor ciática.
De um modo geral, a dor é intensa e aguda.

 

Como regra, a dor é constante e ocorre apenas numa das nádegas ou pernas, embora raramente possa atingir os dois lados.
A posição sentada tende a agravar a dor, que se acompanha de uma sensação de queimadura ou de formigueiro. Pelo contrário, a dor melhora durante a marcha ou na posição deitada, mas, quando é muito intensa, pode tornar difícil a posição de pé ou a marcha.
A tosse ou o espirrar podem acentuar a dor.

 

As dores podem também atingir a região lombar da coluna, embora sejam mais intensas na perna.

A presença de fraqueza ou de uma sensação de adormecimento podem tornar difícil o movimento da perna ou do pé.
Esta dor pode ser inconstante ou permanente, tornando-se, neste caso, incapacitante.
Na maioria dos casos, os sintomas melhoram ao fim de algumas semanas ou meses, apenas com recurso a analgésicos.

 

Se os sintomas forem muito graves ou incapacitantes poderá ser necessário recorrer a cirurgia.

 

Diagnóstico da dor ciática

Para lá da história clínica e da observação médica cuidadosa, o diagnóstico baseia-se em métodos de imagem, como a ressonância magnética.

 

O exame médico ajuda a identificar a raiz nervosa comprimida e poderão ser importantes outros exames neurológicos para avaliar o estado do nervo ciático.

 

A maioria dos casos de ciática corresponde a uma compressão nas raízes nervosas da quinta vértebra lombar (L5) ou da primeira da coluna sagrada (S1).

 

Tratamento da dor ciática

Considerando que a dor ciática é um sintoma, o tratamento consiste na resolução das causas desse sintoma.

Na maioria dos casos, o tratamento é conservador, estando a cirurgia reservada para os casos mais graves. Cerca de 80 a 90% dos casos de dor ciática resolvem-se sem cirurgia e cerca de metade das crises dura menos de seis semanas.

 

O recurso ao exercício físico devidamente programado e ao calor ou frio para alívio da dor e do espasmo são boas opções. A fisioterapia consegue bons resultados em muitos casos.

 

Embora o repouso seja importante, deve-se procurar manter algum grau de actividade. De facto, o movimento ajuda a reduzir a inflamação.

 

O recurso a medicamentos anti-inflamatórios reduz a dor e a inflamação que contribui para prolongar a dor ciática. Nunca esquecer que estes medicamentos podem apresentar efeitos secundários e devem ser sempre recomendados pelo médico em função dos antecedentes de cada paciente. Os medicamentos com acção relaxante muscular também podem ser úteis.

 

Perante casos de dor muito intensa, pode-se recorrer a uma injecção de corticóides na região epidural, de modo a reduzir a inflamação de um modo mais rápido.

 

A cirurgia está indicada quando a dor é muito intensa ou não melhora ao fim de 6 a 12 semanas. A cirurgia visa corrigir a causa da compressão do nervo ciático. Sendo a hérnia discal a causa mais comum de dor ciática, a cirurgia mais frequentemente realizada é a remoção do disco intervertebral que provoca essa compressão, permitindo um alívio sintomático em 90 a 95% dos doentes operados.

 

Após a cirurgia é importante evitar a condução, a posição sentada durante longos períodos, levantar pesos ou a flexão do tronco durante cerca de um mês. Poderão ser recomendados exercícios para a extensão da coluna. 

span style='text-align: justify;'>Em cerca de 5% dos caos, pode ocorrer nova rotura de disco.

 

Prevenção da dor ciática

Embora os processos degenerativos que conduzem à hérnia discal não possam ser evitados, existem algumas medidas que ajudam a proteger a coluna e a reduzir o risco de hérnia discal e dor ciática.

 

É, por exemplo, importante adoptar uma técnica correcta em manobras de levantamento de pesos, mantendo as costas bem direitas. A manutenção de uma boa postura é importante em todos os momentos porque ajuda a reduzir a pressão sobre a coluna. O exercício físico fortalece os músculos das costas e os abdominais, o que também protege a coluna.

 

É importante não estar sentado durante longos períodos de tempo consecutivos.

Finalmente, o tabaco acelera a degeneração dos discos intervertebrais, pelo que deve ser evitado.

 

Fonte : desportocuf.pt
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