Desenvolvimento do atleta
Uso de Anabolizantes no futebol
Uso de Anabolizantes no futebol

Os Esteroides Anabolizantes são substâncias naturais ou sintéticas geralmente derivadas do hormônio Testosterona, um hormônio sexual masculino que é produzido nos testículos e ovários e em pequena quantidade na glândula suprarrenal, tendo função dupla anabolizante (incrementando a síntese de substâncias que estimulam o desenvolvimento muscular e ósseo) e androgênica (desenvolvimento de características sexuais masculinas).

São drogas desenvolvidas e usadas para tratamento de doenças onde há grande consumo do corpo, como em neoplasia malignas (câncer), grandes cirurgias, graves desnutrições, e também em casos de deficiência do hormônio Testosterona. A administração é feita por via oral ou de modo injetável e sempre deve ser orientada por um médico especialista nesse tipo de tratamento. Mas, como já é amplamente conhecido, muitas pessoas, especialmente fisiculturistas e atletas, vêm fazendo uso inadequado e/ou excessivo dessas substâncias sem supervisão, visando ganho muscular rápido, melhora de performance esportiva e recuperação acelerada de lesões musculares e ósseas.

Os efeitos colaterais mais comuns ao uso inadequado dos anabolizantes esteroides incluem acne, queda de cabelo, arritmias cardíacas, edemas corporais, alteração nos níveis de colesterol (diminuição do “bom” colesterol e aumento do “mau”), afinamento de voz nos homens, voz grossa e crescimento de pelos em mulheres, hipertensão arterial e esterilidade. O de maior gravidade é o aumento da incidência de casos de cancro do fígado, que estão mais relacionados ao uso de oral dessas drogas.

O fármaco mais usado pelos atletas que utilizam esse tipo de substâncias é a Nandrolona, um derivado sintético da Testosterona com efeito essencialmente anabolizante e pouquíssima ação androgênica, o que reduz muito os efeitos colaterais sexuais indesejados pelos usuários.

Em 2009, a FIFA realizou amostragem com 32.526 exames antidoping feitos em jogadores de futebol no mundo inteiro. Desse total, cinco exames foram positivos para drogas anabolizantes (0,02%). Essa taxa mostra que felizmente ainda é pequeno o número de jogadores que se utilizam de tipo de drogas no meio boleiro.

Como exemplo de uso correto e supervisionado desse tipo de tratamento, temos o caso do Galinho Zico, que, durante seu processo de fortalecimento físico, recebeu três injeções de anabolizantes prescritas por médicos, na dose e periodicidade correta. Por outro lado, o atacante Daniel Carvalho, revelou ano passado que quando jogou na Rússia recebeu aplicações dessas substâncias, ganhando oito quilos em seis meses, passando a conviver depois disso com constantes problemas de peso. Os Mexicanos Chavez e Lara, da seleção de seu país, tiveram teste positivo para esteroides anabolizantes em 99 (não foram suspensos). Sentença diferente tiveram os holandeses Frank de Boer e Edgar Davis, pegos pelo uso da mesma substância em 2001 e recebendo pena, respectivamente, de 12 e 18 meses de suspensão. Episódios que esperamos ver cada vez menos no mundo do futebol. O importante continua a ser vencer! Mas de forma limpa…

Academia de Futebol
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