Crônicas
Benfica-Estoril, 6-0 (crónica)
SL Benfica Estoril Praia
SL Benfica 6 - 0 Estoril Praia
No dia em que festejou 111 anos, o Benfica brindou o Estoril com uma goleada das antigas no jogo que vale mais do que três pontos, na véspera do clássico que vai deixar um ou mesmo aos dois adversários mais longe na classificação. Uma festa em cheio com o regresso de Nico Gaitán a permitir que a equipa de Jorge Jesus, com Salvio no lado contrário, abrisse as asas para um voo picado sobre os canarinhos do Estoril, com Pizzi no bico da águia para a maior goleada da Liga (6-0).

A equipa de José Couceiro, com uma defesa remendada, foi uma presa fácil. Num rodopio de vinte minutos na primeira parte, o Benfica carregou no acelerador, abriu infiltrações em toda a largura da defesa amarela e marcou quatro golos, os últimos três em apenas dez minutos no auge do furacão vermelho. Uma festa em grande a confirmar em definitivo Pizzi como herdeiro de Enzo Pérez com o golo mais bonito da noite.

A consistência do Estoril, traumatizado por quatro derrotas consecutivas, desfez-se num ápice e os golos surgiram em catadupa. Quatro em apenas dezanove minutos, sem dar tempo para os canarinhos respirarem. Couceiro tinha apostado tudo num bloco na zona central, juntando Esiti, Diogo Amado e Afonso Taira, mas o Benfica escapou pelas alas, com Maxi e Eliseu com licença para subir. Jonas voltou a ameaçar, mas o primeiro surgiu de bola parada. Canto de Pizzi sobre a esquerda e cabeçada de Luisão junto ao primeiro poste. Um clássico na Luz. Estavam abertas as hostilidades.

O segundo nasceu sobre a esquerda, com Pizzi a lançar Lima e o avançado a cruzar para Salvio encostar. Muito fácil. Bola ao centro, nova ameaça de Jonas e golo de Pizzi, com um remate colocado de fora da área, depois de um corte em forma de assistência de Bruno Nascimento. Bola ao centro e finalmente o golo de Jonas. Lima encontra Gaitán na área, o argentino segura até à passagem de Maxi que cruza para o desvio do avançado brasileiro.

Quatro golos em dezanove minutos e ainda dez minutos a jogar para a nota artística até ao intervalo, com Gaitán a desperdiçar o quinto golo destacado diante de Kieszeck. Mas ficava já assente a estrutura da goleada que a, a partir daqui, tinha tudo para crescer, pela diferença acentuada da qualidade das duas equipas, pela diferença de velocidade que o Benfica conseguia impor e, sobretudo, pela falta de argumentos que este Estoril de José Couceiro, muito longe dos tempos briosos de Marco Silva, dispunha em campo.

Penálti, expulsão e uma águia gorda de barriga cheia

Ainda faltavam 45 minutos para o final e, logo a abrir o segundo tempo, o Benfica chegou à mão cheia, numa grande penalidade, convertida por Lima, a castigar uma falta infantil de Mano sobre Jonas. O Estoril bem se esforçava para mostrar qualquer coisa, mas perante um Benfica super-tranquilo, nem conseguia fazer mossa. O Benfica já não jogava com o ímpeto da primeira parte, mas a verdade é que cada vez que subia até à área do Estoril criava uma situação iminente de novo golo. A vida já estava muito complicada para o Estoril, mas ficou ainda mais quando Anderson Esiti, que já tinha um amarelo, viu o segundo por cortar uma bola com a mão.

Ainda faltavam vinte minutos para o final, mas o jogo também já estava mais do que decidido e o Benfica satisfeito, de barriga cheia, a deixar os minutos passar. Ainda houve tempo para mais uma aceleração, promovida pelo fresquinho Ola John, já nos últimos instantes, que resultou no segundo golo de Jonas. Onze remates, seis golos a deixar bem clara a eficácia do Benfica.
Fonte: maisfutebol
Nuno Simões
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