Crônicas de Comentadores
UMA EXPLICAÇÃO PARA ELISEU
Seleção nacional
UMA EXPLICAÇÃO PARA ELISEU
Tenho boa opinião de Paulo Bento. Já era um jogador inteligente, tornou-se um treinador culto, capaz de evoluir nos aspetos técnicos e metodológicos da profissão sem perder aquilo que é mais importante, que é a personalidade de líder de balneário. Fez um extraordinário trabalho no Sporting – e isso ficou à vista sobretudo depois de ele sair – como fez depois um bom trabalho na recuperação da seleção nacional, que parecia enveredar por maus caminhos após a confusão que se gerou no final do Mundial’2010.
Percebo e subscrevo as decisões do selecionador nos afastamentos de Bosingwa e Ricardo Carvalho. Ambos faltaram ao respeito ao grupo e num desporto coletivo nada é mais grave do que isso – trazê-los de volta, mesmo que o justificassem no plano desportivo, seria meio caminho para perder esse grupo, que se sentiria menosprezado face a objetivos imediatos. Já não consigo compreender o que se passa com Eliseu, continuamente
fora das convocatórias do selecionador desde o Europeu’2012.
Estou á vontade porque falei de Eliseu antes do Euro. A brincar, fiz aqui no facebook uma lista de 23, os meus 23, onde o incluí, porque acho que o açoriano é um excelente compromisso entre a posição de lateral e a de ala. Paulo Bento não o chamou e isso nem foi lembrado durante a prova, porque a verdade é que não fez falta. Passou a fazer quando faltou Fábio Coentrão – e aí Bento alegou que Eliseu era extremo e não lateral e que não queria adaptar um homem vindo de posições mais avançadas. Não me pareceu uma boa justificação, menos ainda porque face ao rendimento de Miguel Lopes, a solução encontrada para os jogos com a Rússia e a Irlanda do Norte, acabou por ser Veloso a jogar ali. Um adaptado, portanto.
Agora, para o particular frente ao Gabão, faltam Nani e Cristiano Ronaldo. Eliseu, que joga a extremo no Málaga, que jogou em todas as rondas da Liga espanhola pela equipa que nela ocupa o quinto lugar, que fez três golos e já se apurou para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, continua sem ser chamado, tendo o selecionador preferido Pizzi e Hélder Barbosa, que habitualmente é suplente do Braga. Não compreendo e só peço uma coisa: que me expliquem. Porque ou há aqui matéria disciplinar desconhecida ou então nada disto faz sentido.
Comentador: António Tadeia
Autor: António Tadeia
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