Depois de uma semana extremamente complicada ao nível
directivo, a equipa leonina desportivamente voltou a perder. A terceira derrota
em outros tantos jogos com o Rio Ave, um pecúlio que nem o mais optimista vila-condense
podia augurar. Num jogo que até começou bem para a equipa verde e branca de
Lisboa, aos 6 minutos Jeffren pôs a equipa na liderança após boa assistência de
Capel. Podia ser um tranquilizante e inspirador golo que abrisse caminho a uma
exibição de nível. Mas não foi, o Sporting voltou ao passado com um jogo muito
trapalhão, sem fio nem controlo de jogo. Ganhou com o isso o Rio Ave que
começou a acercar-se da baliza de Rui Patrício, dividindo oportunidades com a
equipa lisboeta. Nesta altura o 1-1 ou o 0-2 era possível, ninguém dominava e
as situações de golo iam surgindo, mostrando a incapacidade dos centrocampistas
para estancar e controlar jogo. No Sporting iam-se destacando Jeffren e Capel,
sobretudo este, que conseguiam esticar o jogo levando perigo à baliza de Oblak.
No Rio Ave Diego Lopes mostrava fino toque de bola, Ukra levava a equipa para a
frente e Bebé era uma dor de cabeça constante para a defesa sportinguista.
Nesta toada surgiu o empate aos 44 minutos, num golo fortuito, em que Tarantini
ao tentar cruzar viu a bola embater em Joãozinho e encaminhar-se para a baliza,
traindo Rui Patrício. O golo surge de uma má transição defesa-ataque, em que
Rinaudo ao tentar sair a jogar entregou a bola a Lionn. Na segunda parte o
estilo de jogo manteve-se mas com menos oportunidades, nenhuma equipa conseguiu
segurar o jogo apesar de o Sporting ter mais posse de bola. Até que aos 72
minutos o Rio Ave chega ao segundo golo, mais um lance em que a bola bate num defesa
e trai o guarda-redes leonino. O remate foi de Ukra, que fugiu da esquerda para
o meio perante a passividade da defesa lisboeta. Até final só mais uma
oportunidade digna de registo, e para o Rio Ave, num pontapé de Filipe Augusto
de fora da área a que Rui Patrício se opôs bem. A reacção à desvantagem por
parte do Sporting foi confrangedora. Jesualdo tem de prosseguir o seu caminho, e
se três vitórias seguidas deram confiança à equipa, estes dois últimos
resultados vieram tirá.la. Não percebo também a reacção da equipa técnica ao
jogo, a segunda parte não estava a correr de feição ao Sporting, mas só se
procederam a substituições após o segundo golo vila-condense! A equipa leonina
tem de ser pro-activa e não reactiva. Continuo também sem perceber o porquê de
Pedro Mendes em detrimento de Dier. Para Nuno Espírito Santo foi a segunda (!)
vitória em casa para o campeonato, uma vitória que lhe reforça as
probabilidades de uma classificação que lhe permita chegar à Europa. Ganhou
também vantagem com o Spoerting em caso de empate na classificação, aliás os
leões em dois jogos da segunda volta não têm vantagem sobre nenhuma.
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