Crônicas de Comentadores
O que REALMENTE aconteceu em Guimarães
É esta a verdade dos acontecimentos.
O que REALMENTE aconteceu em Guimarães

Muito se tem discutido na imprensa escrita, nas televisões e nas redes sociais os desacatos ocorridos no Estádio D.Afonso Henriques, no passado dia 24, no jogo entre as equipas B do Vitória e do Braga, que foi suspenso alegando “razões de segurança”.

Mas alguma imprensa não tem relatado os factos tais como ocorreram.

Aqui fica a minha visão, presencial, do que se passou.

O jogo levava poucos minutos quando os adeptos da equipa bracarense entraram no topo norte do estádio. Esses mesmos adeptos tinham a sua zona definida bem longe dos adeptos da equipa da casa.

Logo que entraram, ao contrário do que normalmente as claques fazem, os adeptos não colocaram a sua faixa. O que fizeram foi dirigir-se de imediato aos adeptos do Vitória, ultrapassando a barreira limitadora que lhes estava destinada (que era um pano, ou seja, facilmente ultrapassável), atiraram tochas para o sector onde se encontravam os adeptos vitorianos e de imediato tiveram uma resposta.

Todos em Portugal sabem o quão fervorosos os adeptos do Vitória são e enganados estariam os bracarenses se pensavam que os adeptos da casa iriam fugir tal como os adeptos do Paços de Ferreira foram forçados a fazer, aquando do Braga- Paços de Ferreira, umas semanas antes.

Aliás, os adeptos do Braga têm vindo a ser notícia, pelos piores motivos, no que diz respeito a confrontos entre adeptos. Tal como foi com o Leixões, Belenenses e Paços de Ferreira.

Depois da “batalha” começar ninguém conseguiria parar os adeptos da casa, em clara maioria em relação aos stewards presentes, que conseguiram aguentar todos aqueles adeptos por algum tempo, verdade seja dita.

Cadeiras de ambos os lados foram lançadas desenfriadamente. Pior ainda foi quando os stewards não conseguiram fechar a porta que dividia a bancada onde se encontravam os adeptos do Vitória da bancada destinada aos visitantes. Aí, os vitorianos correram atrás daqueles que os atacaram e começou o contacto físico que só viria a ser parado devido à intervenção da PSP. Caso contrário tenho a certeza que vidas estariam em risco. Os adeptos bracarenses fugiram sem olhar atrás, nem aos próprios colegas de claque.

Os factos são simples: os bracarenses foram quem começaram tudo isto, e foram ao estádio do Vitória claramente para provocar desacatos. Os vitorianos responderam prontamente. Não se esperaria outra coisa de uma das massas adeptas mais dedicadas ao seu clube neste país, acrescido do facto de estarem a ser atacados em sua própria casa.

Quanto aos agentes de segurança, pude ver que na via pública, antes do encontro se iniciar, um forte dispositivo da PSP estava montado fora do estádio para garantir a segurança dos adeptos do Braga até à entrada no recinto.

A pergunta que faço é: Porque é que a PSP não entrou no estádio, assegurava-se que os adeptos visitantes eram colocados no local a eles destinado e que a segurança os conseguia conter, visto que não eram muitos, e depois sim, já que o clube caseiro não requisitou os seus serviços deixava o estádio? Com certeza que as coisas não seriam da mesma forma.

Outra questão que muitos farão é: por que motivo demorou tanto tempo a PSP a entrar no estádio, visto que logo se percebera que os stewards não iriam consegueria travar aquela onda de violência?

Será que a PSP só se preocupa com o dinheiro e o seu orgulho ou tem realmente o ideal a segurança pública?

Claro que, como compete ao clube visitado garantir a segurança no estádio, é de uma profunda ingenuidade pensar que a PSP não seria necessária para um jogo destes, um derby minhoto, de rivalidade histórica, somando ainda o facto de ter-se jogado um jogo entre as equipas principais menos de vinte e quatro horas antes e autocarros que transportavam os adeptos vitorianos terem sido apedrejados. Não se percebe esta atitude da direção do Vitória.

Quanto à decisão do árbrito pareceu-me também exagerada. Abandonou o relvado, tal como a equipa bracarense, ficando apenas os jogadores vitorianos em campo, esperando o reatamento da partida.

Mas a verdade é que o jogo em si não tinha qualquer risco no que diz respeito à segurança.

Nenhum jogador foi ameaçado nem foram atirados objectos contra os jogadores. Mesmo que o árbrito tenha parado a partida, depois dos ânimos estarem sanados, a mesma poderia ter sido reatada normalmente. Uma decisão no mínimo estranha para quem, como eu, lá estava presente. No jogo entre Braga e Paços de Ferreira, os adeptos da cidade de Braga obrigaram adeptos dos castores a refugiar-se por detrás da baliza e o jogo não foi parado.

Situações estranhas, no mínimo.

É realmente lamentável ver jornalistas, que escevem para os jornais mais conceitoados a nível nacional, que têm uma tiragem de milhares de jornais, a deturparem os factos de uma forma vergonhosa.

Dizem-se jornalistas, pois têm carteira profissional, são pagos para isso, e ainda assim fazem um mau trabalho. Em vez de informarem e relatarem os factos tal como aconteceram, desinformam e moldam a opinião pública à sua maneira ou à maneira de quem lhes pede para desinformar.

Aqui fica a veracidade dos acontecimentos.

Mas muita tinta ainda vai correr.

Comentador: Luís Pinheiro
Autor: Luís Pinheiro
comentários
Não foram introduzidos comentários a esta crônica!
PUB
Mundo do TreinadorTacticalPadTacticalPadSericertimaBairrinformática
Falta informação?AcademiaAcademia
patrocinadores (energigas)Academia
TacticalPadEnergigas24Sports Training