A
forma como o Benfica conteve o ataque do Barcelona, provocando o
primeiro zero à equipa catalã esta época e interrompendo-lhe uma série
de 30 jogos sempre a marcar (desde a derrota por 1-0 com o Chelsea, a 18
de Abril), teve muito a ver com a ausência das maiores figuras
blaugrana, mas também com os famosos “posicionamentos” a que Jorge Jesus
gosta de referir-se. O Benfica foi uma equipa curta, com pouca
distância entre setores e a linha defensiva muito subida, fazendo sempre
bem o fora-de-jogo como forma de tirar profundidade ao ataque catalão.
Em consequência disso, o Barcelona viu serem-lhe apontados sete
“off-sides”, que só não são um recorde para a defesa do Benfica numa
partida esta temporada por causa dos onze que já tinham sido assinalados
ao ataque do Spartak de Moscovo, na Luz. Muito por causa desse desafio,
a média de foras-de-jogo assinalados aos adversários do Benfica esta
época – incluindo as partidas da Liga portuguesa – andava nos cinco, mas
a verdade é que mais nenhum jogo exigira tanto da coordenação da linha
defensiva encarnada como o de ontem. Até agora, o que mais se aproximara
tinha sido a visita a Paços de Ferreira, onde os “castores” foram
impedidos cinco vezes.