Jorge Jesus insiste neste sistema de jogo, um
sistema de jogo que próprio de numa equipa com posse de bola e não numa
equipa de transição. Uma boa posse de bola permitiria a mudança rápida
de flancos subindo os laterais em velocidade para efetuarem cruzamentos.
Quando os 2 avançados e os extremos estão em transição ofensiva onde
perdem a posse de bola, facilitam o contra ataque ou ataque rápido na
zona central pois o posicionamento de Enzo e Matic permite que sejam
ultrapassados um de cada vez. Não havendo ajuda um ao outro, os centrais
quando se adiantam para dobrar matic, deixam solto qualquer avançado
que esteja colocado entre central e lateral.
Atacam com medo, com pouca gente porque sentem a fragilidade defensiva nas transições defensivas.
Tudo muda quando sai um dos avançados e o meio campo é preenchido e deixa de estar em desvantagem numérica.
Uma equipa com tantos extremos não os deixa atacar quase despreocupados
com o processo defensivo, obriga-os a desgastar-se em tarefas
defensivas e permite que o adversário suba no terreno e se empolgue.
Claramente uma questão de teimosia, mas a verdade é que contra o
Barcelona a verdade terá que vir a tona, Jorge Jesus vai ter de montar a
equipa de forma equilibrada, pois não tem melhor posse de bola que o
Barcelona, vejamos o exemplo do Barcelona sem comparar a qualidade dos
jogadores.
Joga em 4-3-3 e quando precisa de mais presença na área
faz subir mais ainda os laterais, fazendo jogar os extremos entre
defesas centrais e laterais. Mas o jogo, as situações que antecedem o
ultimo passe ou passe de rutura são maioritariamente criadas no meio
campo onde habitam 3 jogadores.
De que vale ter dois avançados se não se consegue criar futebol para eles?