Após o fim das suas carreiras, 50 por cento dos futebolistas europeus
terminam arruinados. É a conclusão de um inquérito da empresa alemã
Schips Finanz, divulgado pelo jornal espanhol Expansión.
O
mesmo estudo conclui que nos Estados Unidos da América o cenário é ainda
pior, com os atletas de alta competição. Na NFL, o campeonato de
futebol americano, 78 por cento dos jogadores perdem tudo, menos de
dois anos após pendurarem as chuteiras, revela o inquérito. Na NBA, o
campeonato de basquetebol norte-americano, a média aponta que 60 por
cento dos atletas ficam sem nada nos cinco anos seguintes à reforma.
Cristiano Ronaldo ganha 92 mil euros por dia
Figuras como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, que ganham milhões e
milhões e que são autênticas imagens de marca, não devem passar por
situações destas, mas muitos outros atletas, menos mediáticos, acabam
por perder todo o dinheiro amealhado ao longo das suas carreiras.
Estas histórias de falência justificam-se pelos gastos excessivos, com a
compra de mansões, de carros de luxo, de joias e roupas dispendiosas,
por divórcios caros - o antigo basquetebolista Michael Jordan, por
exemplo, pagou 150 milhões de euros pela sua separação oficial de
Juanita Vanoy Jordan, com quem esteve casado durante 17 anos. Muitos
são ainda prejudicados por maus investimentos ou por empresários e
agentes sem escrúpulos e outros acabam por perder milhões no jogo.
Sharapova acha que tenistas deveriam ganhar (ainda) mais dinheiro
Na verdade, particularmente na realidade norte-americana, a maioria dos
atletas que chegam à NFL e à NBA são oriundos de famílias pobres, ou de
parcos recursos, e cresceram pouco habituados a terem dinheiro. Alguns
dão um salto abrupto de uma realidade onde ganhavam cerca de 100
dólares para salários da ordem dos 300 mil dólares por mês. Lebron
James, por exemplo, recebeu 90 milhões de dólares da Nike, em 2003,
quando tinha apenas 19 anos, uma idade onde não há uma perceção muito
clara do valor do dinheiro, nem sequer se sabe como o gerir.
Outro problema com que muitos atletas reformados se deparam são os
gastos excessivos com tratamentos médicos - a maioria retira-se com
lesões crónicas, designadamente na dura NFL.
O canal
desportivo norte-americano ESPN exibiu recentemente o documentário
'Broke' (Arruinado, em português) que aborda esta realidade, centrada
nas situações dos atletas profissionais dos EUA. Pode ver essa
reportagem no vídeo que se segue...